Como mostrou o Painel, uma das ideias de Castiglioni é utilizar servidores em funções administrativas, mas que já comandaram trens no passado, para manter o serviço em operação. Para isso, poderá ser preciso oferecer cursos de reciclagem.
Funcionários do Metrô realizaram uma paralisação em março deste ano, que durou pouco mais de 33 horas.
Na representação enviada ao MPT-SP, o deputado do PSOL argumenta que o plano de contingência “configura nítida violação aos direitos dos funcionários do Metrô” e “coloca em risco a incolumidade física dos usuários do serviço, que poderá ser operado por profissionais que não são da área”.
Cortez pede que o órgão investigue o caso e responsabilize os envolvidos. “Mais uma vez a empresa comandada pelo governo de Tarcísio [de Freitas] demonstra que está mais preocupada em atacar os direitos dos trabalhadores do que em garantir a segurança do transporte fornecido à população”, diz o parlamentar.
Na gestão de Tarcísio no Ministério da Infraestrutura, Julio Castiglioni foi o responsável pela privatização do porto de Vitória.
Procurado, o Metrô afirmou, em nota, que as medidas planejadas “buscam garantir às pessoas que usam esse modal o direito de chegar a seu destino de forma rápida e segura” e que o “objetivo é assegurar que a operação seja mantida com eficiência em qualquer situação”.
“Por prestar um serviço essencial, o Metrô de São Paulo conta com um plano de contingência, que é acionado em situações excepcionais, com profissionais capacitados e aptos a garantir a realização do transporte metroviário, de forma segura, sempre observando a legislação vigente”, diz ainda.